A capital paulista ( Continuação 2 )
Foi na capital paulista que Amado conseguiu se consagrar. Vendia mais discos, frequentava assuduamente todos os programas musicais da época, viajava por todo o país em melhores condições, para fazer shows e divulgar seu disco. Nesse corre-corre, de gravações, aparições na TV e shows, conheceu Franco, baixista do grupo Os Brasas, um de seus amigos na época e com quem desabafou:
- Bicho, eu tô passando por uns problemas financeiros. Vivo sem dinheiro - comentou Amado.
- Se eu fosse você e vendesse discos como você vende, essa gravadora é que estaria me devendo. E muito! - respondeu Franco, indignado.
Amado ficou pensando no que Franco lhe disse. Achou que o amigo estava doido, mas não custava perguntar, né?
Respirou, tomou coragem e foi todo envergonhado conversar como o pessoal da gravadota.
- Estou passando algumas dificuldades - disse Amado - e preciso de 600 mil cruzeiros.
Aquele rapaz tímido e sem jeito achou que iria levar um não. Onde já se viu?! Que ousadia a dele.
Imediatamente pegaram o talão de cheques e lhe deram o valor pedido.
Sua simplicidade não o deixava perceber que vendia tanto a ponto de conseguir dinheiro tão rápido. Amado queria apenas cantar, nais ficou espantado com toda aquela quantia.
Naquele momento, ele començou a se repompor financeiramente.
Com o dinheiro em mãos, Amado comprou em Goiania, na cidade Jardim, uma casa para ele, um lote onde construiu uma casa para sua mãe e ainda emprestou dinheiro para seu irmão comprar uma casa. Todos estavam no mesmo quarteirão para ficarem juntos. Um pouco da família estava novamente reunida.
- Ah Comprei também um carrinho conversível para dar uma de playboy - disse ele, às gargalhadas - mas o sucesso não me subiu à cabeça - corrigiu rapidamente o cantor.
Amado, por volta de 1982, também comprou um sobrado na Zona Norte de São Paulo, onde morou até 1985, quando se mudou para Cotia.
Em breve mais postagens sobre essa história.